sábado, 24 de julho de 2010

Nova dinâmica organizacional


Há quem diga que bons tempos eram da sociedade fordista, tudo baseado na disciplina, só era preciso ser obediente para trabalhar na linha, baseado em relações de autoridade, mas após a crise criada pela produção em excesso, gerando prejuízo, interferência do preço do petróleo, o mundo entra em recessão... vai ser o início da nova dinâmica organizacional.
Downsizing, reengenharia, muitas empresas não sobreviveram a esse “mutilamento”, as que sobreviveram utilizaram tecnologia da informação e comunicação.
Com empresas mais flexíveis o que causa impacto na sociedade e no consumo, seguindo o modelo de organização flexível que veio do Japão, a produção é de acordo com a demanda do cliente, necessitando um novo perfil de profissional, o multifuncional.
A atual dinâmica organizacional mostra uma nova subjetividade, a lógica da descartabilidade, todos tornam-se rapidamente obsoletos.
A questão que vem a tona é como não ser descartável?
O perfil do profissional para sustentar essa nova lógica é ser desapegado, pois tudo muda muito rápido, existem muitas informações, logo quem vai diferenciar-se e destacar-se é o profissional criativo e inovador.
Como manter-se saudável nesse sistema cruel, que não valoriza o ser e sim o ter?
A resposta é inacabada, pois ainda estamos nos adaptando e buscando alternativas para compreender essa dinâmica organizacional.
O que vemos é o adoecimento causado pela falta de reconhecimento, mas como reconhecer?
Normalmente, na sociedade hiper consumista que vivemos, reconhecer é dinheiro, pois valorizamos o “ter”. Só que chega um momento que não há retribuição suficiente.
As empresas exigem cada vez mais “entrega”e as metas são cada vez mais agressivas.
A boa gestão prega que se estabeleça uma relação honesta, de confiança, criando um ambiente de cooperação, mas toda lógica caminha no sentido contrário, pois tem que entregar e ao mesmo tempo ser criativo e inovador...
Novas formas de gestão de pessoas para dar conta dessa nova dinâmica exige flexibilidade por parte dos gestores, para cumprir os objetivos, mas respeitando as pessoas, oferecendo uma estrutura razoável.
O profissional deve ter o trabalho valorizado pelo gestor, sentir que está inserido no grupo, assim com certeza os objetivos serão alcançados.

Postado por Patrícia Rodrigues Correia

3 comentários:

  1. Caramba, Pati!!! Que texto bacana!
    Completo. Inspirador!!!

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  2. Paty, grande texto, parabéns. Esta muito bom! Adiciono ao comentário da Ana que seu texto também é muito reflexivo.
    Cristina Zafred Zanaga

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  3. Anônimo30/7/10

    Esse texto me fez recordar a aula do Seije sobre a questão de sermos reconhecido e de quanto isso nos afeta emocionalmente...muito bom...
    Flávia Tonsa

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